Há algum tempo atrás, eu estava a ler um livro e em seu verso vi escrita uma frase lhe outorgando algum respeito e dignificência. E o autor da frase - podem acreditar, meus amigos – era o jornal “The Times”. Agora eu penso: chegamos ao cúmulo do desrespeito?
Jornais não escrevem frases, escritores sim. Deveriam ao menos por o nome deste honorável ancião, não é?
Eu estou atrasado! Estamos todos atrasados? Sempre?
Eu odeio o tempo, o relógio. O tempo não será mera invenção? Não será o tempo uma borracha a ser dobrada e formulada a nossa vontade? Seria um gosto incomensurável moldar o tempo como um relojoeiro tenta, em vão, fazer! Algo como sempre ter tempo e nunca estar cansado! Cansado? Ler um livro inteiro em uma manhã de segunda e chagar a tempo de ver aquela merda, como o perdão da palavra, de computador rodar aquele troço que nos tampa o sol.
Eclipse?
A própria tecnologia é um eclipse. Ela matou os nossos gênios. Hoje o gênio é o cientista, o homem de branco, brincando com as maquinas. Rio incessantemente deste escárnio.
Deus é um grande cientista e nós um erro de calculo?
Se Deus existe, o que eu duvido veementemente, ele é um artista e nós uma mancha num quadro, uma vírgula no lugar errado. Dando mais ênfase e mais beleza a obra! Não são os erros e não os acertos os mais comentados quando a obra é grande?
O mundo está em declínio porque não temos mais Byrons, Wildes, Dostoievskis...
Deus está morto! A Ciência o matou.
Tão precária! Essa criança brincalhona não sabe onde está se metendo.
Atenciosamente,
Marcelo dos Santos
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