Na rua de noite escura,
Sem lua, com a pele do sol
A me queimar o manto do solo,
Corri feito louco, extraviado...
Sem manto de pele,
Sem vida de derme,
O cório vertendo água-ardente,
Senti na imundice do mundo
A tristeza dos nervos em flor.
Meu sangue de rato os pelos
Dos répteis – frios escamosos –
Fez correr num riacho de vil rancor.
Melancolia dos versos,
Melancolia sem versos...
O riacho escorreu no seu rumo –
Com foz na cloaca da espécie –
Passando pela evolução humana.
Sem vida a lua apareceu,
Trazendo consigo minha pele sem manchas –
Levada pelo sol do meio-dia.
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