Uma bela homenagem a uma das
manhãs mais frias do ano, 28 de Abril
De todo suave vento frio que cospe
Na cabana branca e mofada,
Uma brisa enruga-se, força, crespe,
Sobressaindo-se na madrugada.
É a rainha do gelo toda transformada
Em vento, em sopro de vida infecundo,
Matando toda esperança do mundo.
Esperança essa, já toda desesperançada...
Eu não quero calor para matá-la,
Nem frio que a conserve viva e quente,
Quero a surpresa meiga e eloqüente
Que vem no corpo e fala e cala
Todo vento e todo frio carente
Num abraço de amor ardente.
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