sexta-feira, 25 de junho de 2010

Nostalgia de TCC

Ontem... E que dia... A Aurora sobrepôs à escuridão da madrugada como outro dia qualquer... Ontem, os pássaros cantaram, ou não, como se fosse mais um dia. E ontem foi somente mais um dia, mas que dia? Mas que dia! As fazes da vida passam como se fossem pêndulos de um lustre, caindo um a um, silenciosa e sorrateiramente.

Ontem o meu grupo de amigos se preparou para a separação. Ambos tão aflitos, ambos tão sonoros e guturais em suas apresentações para a banca... E que banca... Parabéns ao profissional de informática que nos inundou com suas questões, parabéns por ter cumprido o seu papel... Ah! Como as apresentações me pareceram uma ópera... Cheia de som e fúria e vazia de significado... E não é assim que Shakespeare se expressaria?

Devo um galo a Esculápio? Não, devo um beijo aos meus amigos, que me agüentaram por três, consecutivos e cansativos, semestres... Devo-lhes por não terem me deixado desistir... Devo algumas poucas lágrimas ao sol do meu oriente, devo um beliscão amigo ao meu brasão da Itália, um aperto de mão em meu Neo, um abraço em meu programador de FoxPro e um beijo ao meu aspirante a filósofo...

E dentre todas estas dividas estão os meus créditos... Se lhes devo um beijo, devem-me outro... Sou egoísta e cobrarei tudo o que tenho por direito... Até mais... Se mereço um beijo, quero um abraço também...


Sempre vosso,

Marcelo dos Santos

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Em Memória do Doutor da Literatura

Sexta-feira! Uma sexta-feira fúnebre, fechada, em que o céu cospe sua intemperança? Não! Apenas um sol baixo e abafado, com pouco calor, mas sem frio. É assim que minha manhã começa... Não! É assim que minha manhã começou. Sem lágrimas, sem risos, mais um dia como qualquer outro. Um dia humano, seco e úmido.

Na tela da tevê, enquanto comia um reforçado café da manhã, entre mais e menos notícias: misérias, mortes e atrocidades. Ambas tão fracas, ambas tão irrelevantes para a minha vida, vejo e paro, paro de comer o meu pastel, em cidade pequena a feira é sexta e domingo. Vejo que a vida não vale grande coisa.

O corpo se deteriora ao passo que alma se esvai. E com isso vamos perdendo insubstituíveis cartas do baralho, o jogo vai ficando cada vez mais escasso. Os coringas vão saindo e o resto vai ficando em jogo, alguns tentando uma jogada mais leve, outros acabando com o que os coringas tentaram construir.

Enquanto um escritor morre, um aspirante a terrier... Não! Nada! Apenas um retriever nasce em meio à bosta da mídia. Cães de recuperação de caças abatidas, servindo-se dos restos dos exímios caçadores e se mascarando com a urina da literatura.

Um verdadeiro escritor morreu! Meu pesar à notícia mais fúnebre do ano! E neste momento, mais do que em qualquer outro, eu gostaria de ser cristão para que conseguisse imaginar uma existência feliz ao lado de Deus! Mas a única coisa que consigo é imaginar o nada, é imaginar nada e nada imaginar. E como é difícil ficar sem imaginar, não?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Merry Christmas!

Muita informação num poema é classicismo...

Citar Nietzsche, Spinoza e Schop é filosofia...

Então, por saudades de uma data próxima,

Vou citar algo mais leve que a pouco lia...


São Nicolau que a todos vem com título feminino:

Santa Claus, e que pede um pouco de história,

Fez-me lembrar Diocleciano que à Cristo perseguia,

Enquanto Nicolau fugia para voltar à Glória...


Sem mais história, sem mais nem menos

Um tapa no centro de um conclave e pronto,

Caiu novamente o ponto e a glória do papa

Deixando mais um padre zonzo ficar tonto...


Um saco cheio de presentes, vou visitá-lo.

Mais onde é que o velho papa mora?

Na morte dizem que vive lá pelo Pólo Norte,

Mas sei que em cabo verde uma ilha leva seu nome.


Talvez em Bari, na Itália, os coroinhas conheçam

Onde é que o patrono da Grécia vive,

Mas como vive se já morto pousa e repousa?


Já que não me contam, não me peçam

Que eu conte onde é que estive

Quando voltar com mil presentes e coisas...