Vede, enquanto sobe o desgosto,
O brilho fenecendo no horizonte.
Vede quanto mal já me tem posto
Este mar imenso sem uma ponte.
Vede o lusco-fusco dos vossos olhos
Nos espelhos das múltiplas paredes.
E os muros, tão cheios de anfibólios,
Nas profundas, velhas, redes...
Vossos olhos de lince já não vêem tanto?
Vossos olhos, tão cegos – opacos – de cristais,
Não podem ver este belo altar sacro-santo?
Vede ao menos como danço nos beirais
Das vossas memórias; e ouvi o breve canto
Que entôo nas vossas moradas sepulcrais.
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