quarta-feira, 27 de abril de 2011

Alegro

No alegro da andorinha silvestre
Batem as asas de um pequeno coro,
Tange a garganta em bom campestre
Ribombando no bico augusto de loro.

É tão doce o som que ela produz,
Rainha da mata pousada na minha
Chaminé, forma tua pequena casinha –
Contraste de marrom e azul que reluz –

No berço do telhado, tão perto do poste
De força – dos fios de extrema-alta-tensão
Que tanto gostas. Há um elétrico hoste.

Não me importa que vivas, que morras
Nos braços mecânicos da eletrificação...
Melhor morta que presa na marginalização –
Tráfico de aves, das belas matas às vis masmorras...

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