Abertas, minhas feridas, suam
De formar poças na estrada.
Elas, de pus rúbido, mancham
A flor da meiga alvorada.
Meu espectro de doente
Não mais sobrevive no dia,
Quebrou-se, vil e docemente,
No rancor da água fria...
Ah! Dói-me tocá-la nos dedos –
Manchados todos de sangues,
Cobertos de malévolos segredos...
Dói-me quando não estão no leite
E perdidos espelham exangues
De dor nesta estrofe de deleite.
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