sexta-feira, 22 de abril de 2011

Crônica de Grande Sexta-feira.

Dia quente, noite abafada. Rolam as semanas nesta rotina. O sol deixa espairecer um céu azul, cristalino em toda sua majestade. O clima deixa a vegetação latifoliada – grande e viva. O sol resseca as folhas das árvores – copas imensas – resguardando as pequenas mudas.

No jardim da minha casa tudo é meio seco, tudo é bem molhado todos os dias. Tudo é muito seco mesmo recente e constantemente molhado. É o sol se sobrepondo ao esplendor da água. O solo árido da passagem que liga a rua à minha casa quase não tem verde, tem apenas a grama que o circunda, como em uma passarela humanamente projetada.

Não é domingo de páscoa, não é manhã de natal. É tarde de Sexta-Feira – feriado – sem o qual viveria normalmente. Hoje não é dia mais longo que ontem, nem, com certeza, menor que amanhã ou depois, é somente hoje.

Hoje as folhas das árvores são tão vivas – tão secas – quanto ontem foram.

Hoje ainda não acabou no relógio – tic-tac –, mas acabou para mim – tic-tac.

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