segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Homem sem Estado

Peca-se por amar, por esperar, por crer...
Peca-se até mesmo quando o porvir
Chega finalmente, chega finalmente a vir a ser
E torna todo aquele pecar um simples devir...

Salva-se, então, o homem, tirando-o do Estado,
Tornando o que era sólido, líquido; e o que era
Líquido na solidez mais dura, no aço mais pesado...

Salva então o seu corpo, salva então o que importa,
E foi assim que o mundo girou... De ano em ano, de era em era...
Neste sentimento que o refletir – puro pensar – exorta...

Mas faltou um pouco de fel no sangue puro tornado,
Algo que o fez regredir, algo que muito se assemelha a paixão...
Ó meus sábios, faltou ainda um esperma podre plantado...
Ó, Ó! Faltou, para que o puro se purifique, tirar também a religião.

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