quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Niilismo

O tempo corre ampulhetando
A minha fina clepsidra...
A areia que a mancha de impudor
É a mesma que trava a minha vida.

Corcel de fúria indomável,
Iracundo e perdulário,
Seja fruto da carne incandescente
Da vitória d’outro páreo.

Orgulho, guerra, paz e preconceito,
Rebentos das conquistas e perdas,
Furor que se impele contra o peito
Do soldado das psiques mais lerdas.

Amante cálido, de coração inumano,
Coração puro, limpo, livre...
Não tem desejos, não sente,
É precursor da felicidade eminente
Que mais parece sofrer.

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