sábado, 16 de outubro de 2010

Tragicamente Revemos

Das coisas mais que importantes,
Das coisas mais que importunas,
O estrábico labor dos nazistas gloriosos,
Cheios do gozo imundo das mentiras,
Com veias inóspitas ao sangue.

Na tragédia de todos os sentidos,
Um sentido invólucro protege
A etimologia das tragédias,
Mas sob os olhos atentos, sensatos,
Humanamente desumanos,
Humanamente desusados
Olhei por entre os véus do deus cruel
E vi a obscena verdade:
O impudor como maior verdade.

Caiu-se as escassas fibras da moral,
Matou-se deus numa viagem à lua,
Arrematou-se o corpo magro por grande fortuna
Durante tempo em demasia e, hoje, cumpre-se
Uma profecia d’alguém que não foi profeta...

Um mundo cada vez mais amante,
Um mundo cada vez mais advogado do Diabo,
Um mundo cada vez mais ateu,
Um mundo cada vez... Um mundo de cada vez...
E esse não parece o mundo.
Não o que esperávamos, pois esperávamos demais...

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