quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Agora, a manhã nasce... Viva a Alvorada!

Antes de começarmos os nossos relatos matinais, devo dizer que, ontem, recebi uma revelação não muito positiva: um Tritão ousou chamar-me de covarde. Eu sei que sou covarde e não preciso de nenhum monstro mitológico para prová-lo. Este maldito deve apenas ter zombado da minha condição. Por afirmar uma coisa que já afirmo, aceito e todos sabem? Só pode ser por escárnio... Maldito!

Ontem, descendo a rua da amargura, à noite, senti meu coração cheio de magoa e mais me doeu a minha alma. Vi, nas paredes com pichações, símbolos satânicos e invocações de bruxas. Vi, nas sombras que assolavam o meu caminho, demônios brigando contra anjos em pleno inferno de horror. Vi muitas coisas, mas a única coisa que ouvia era o som maciço de meu tênis calcando a rua.

Ah! Profunda solidão que me encontrava. Nada pode doer mais que a solidão. Tivesse naquela hora um só vampiro, eu me entregaria ao néctar do Diabo e permitiria que ele saciasse a sua fome em meu sangue, mesmo que esta fosse a minha última companhia. Pelo menos não acabaria só.

O Primeiro som humano que encontrei foi às conversas de bar em plena rua. Um bar muito cheio em plena orgia. Não sabeis o quão doce foi à arritmia de meu coração. Foi uma sensação de vida, como se tudo voltasse à normalidade. Novamente este pensamento e este sentimento dominam o meu ser. Penso, talvez, não mais poder fugir a realidade... A mentira cura e a verdade mata.


Atenciosamente!

UM SOFREDOR...

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