terça-feira, 17 de novembro de 2009

Não tenho palavras...

Já não tenho mais inspiração suficiente para que minha pena cubra uma folha inteira de pergaminho! Talvez eu esteja exigindo demais de uma alma que tem seu limite de inspiração. Vou começar a escrever apenas aforismos de 140 caracteres em falsos blogs para falsos blogueiros que não tem o que fazer de importante. Meu tempo passa feito luz do sol sobre a orbita terrestre. Num segundo do escuro nasce um clarão que alumia o mundo inteiro. Meu tempo passa e não rende. Uma hora parece um segundo quando mais quero viver os momentos. Um segundo parece uma hora quando mais clamo ao anjo da morte para um re-agendamento, aproximado, de minha consulta.
É! Parece que minto quando digo que não tenho inspiração. As palavras fluem sobre o meu corpo tenro enquanto tudo dói. Enquanto as idéias vão parar na língua paralitica de Anjos, em mim vem parar nas mãos arrítmicas e passam, tremulas, para a ponta de minha pena. A poesia morreu quando Shakespeare resolveu visitar seu avô. Huahuahuahuahuahuahuahua... Que tolice ando dizendo? Shakespeare foi um grande poeta, mas não foi, nem o primeiro, nem o ultimo. Ele foi só mais um verdadeiro poeta.
A poesia só vai morrer quando todos os homens forem perfeitos e não mais precisarem exprimir seus desejos nas folhas em branco que aceitaram a farsa de Willian Wilson. Meu nome não me causa vergonha. Meu nome não me causa nem mesmo uma ponta de sentimento. Não o acho feio, mas também não lhe confiro caráter de lindo. Ele é apenas um nome sem história. Se meu nome chegar a ter uma história perversa, tentarei apagá-lo dos livros que o proferirem, inclusive os meus próprios textos...
Não culpo Edgar pelo medo. Quem sou eu para culpar ou deixar de culpar alguém. Deixo os julgamentos para os deuses inexistentes que habitam os antros celestes. Alguém pode me dizer onde fica o céu dos deuses? Não? Pois eu lhes digo que fica somente em vossa mente, ou melhor dizendo, nas mentes dos que nele crêem...
Em minha mente não se encontram esperanças! Se algum telepata tentasse vasculhar minha mente, enlouqueceria. Lá, ele somente iria encontrar minhas dores e meus dissabores.

Atenciosamente!
UM SOFREDOR...

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