terça-feira, 10 de novembro de 2009

Louvor ao Sangue e a Carne

Nenhum sangue é mais doce que o de Cristo,
Nem tem mais ébrio teor,
Nem traz mais alegria
Em dias de festins com orgias de calor profano e amor.

Minto! Nem um pouco de amor existe
Em festins orgíacos de sacra-benção ao Senhor,
Pois somente no pão divino é que está a doçura
Dos prazeres da carne em pleno êxtase e fervor...

Mais doce é a simbiose da carne no confessionário
Do que as palavras que ecoam nas missas sagradas...
Mais doce é a freira de habito curto e limpo
Do que os padres pelados em seus sacro-seminários...

Lá deve haver orgia. Em um convento deve haver mais
E com mais doce toque de mão, mais afagar
Nos cabelos, mais caricias no corpo inteiro
Com um profano ar de maldade. Viva ao ato de profanar!

Marcelo dos Santos

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